Cometa C/2023 P1 (Nishimura)
Elementos orbitais
MPEC 2023-Q150
Época
Periélio

Distância do periélio (q)

Excentricidade        (e)

Longitude do periélio (w)

Longitude do Nodo Asc (W)

Inclinação            (i)
2023 Set. 13,0
2023 Set. 17,6411
0,225164
ua
0,996359

116,2891°
 66
,8434°
132,4644°
Parâmetros fotométricos
Ho = 10 e n = 4 (MPC)
Ho = 9 e n = 4 (Yoshida)
Ho = 8 e n = 3,2 (Daniel Green, CBET)

Atualizado em 23 set 2023

Esse objeto foi descoberto por meio de imagens obtidas em 11 de agosto de 2023 pelo observador japonês Hideo Hishimura (Kakegawa, Japão). Na ocasião o brilho foi avaliado na 11ª magnitude. As informações preliminares sobre o objeto foram publicadas no website PCCP com a designação HN00003. Demais observadores relataram que o brilho do objeto já se situava próximo da 10ª magnitude. Em Florianópolis/SC tentamos detectar esse cometa nas manhãs de 14 e 15 de agosto quando o objeto se situava nas proximidades da estrela zeta Geminorum, momentos antes de o Sol nascer. No Brasil, o cometa foi registrado positivamente pelo observador José G. de S. Aguiar (Campinas/SP) no amanhecer do dia 15 de agosto quando o brilho foi avaliado em magnitude 10,8. Nos dias 23 e 24 de agosto a equipe do Centro Astronômico Nevoeiro (Curitiba/PR) obteve imagens desse cometas com processamento de Willian Souza. (Veja demais registros).

A Circular Eletrônica da UAI nº 5290 (CBET 5290) acrescenta a informação de que a órbita do cometa é consistente com a órbbita dos meteoros sigma-Hidrídeos (016 HYD) cuja máxima atividade ocorre em 9 de dezembro.

Segundo as efemérides do Minor Planet Center (MPC-UAI) o cometa atingiria um máximo brilho de 3ª magnitude por ocasião da sua passagem periélica em 17 de setembro de 2023. Já os cálculos de Yoshida sugeriam que o brilho poderia alcançar a 2ª magnitude na passagem periélica. Gideon van Buitenen inseriu um provável efeito de espalhamento de brilho relacionado ao ângulo de fase, mesmo assim o máximo brilho seria similar à previsão de Yoshida.
Independente desses cenários, o cometa se manteve sempre numa baixa elongação em relação ao Sol durante a segunda quinzena de agosto e ao longo do mês de setembro. Portanto, a não ser que o astro venha a apresentar algum salto de brilho ou mesmo exibir uma brilhante cauda de poeira, o observador não deve se deixar levar apenas pelo valor calculado da magnitude, pois o cometa sempre se encontra mergulhado nas luzes do crepúsculo.
Até 26 de agosto ele estava disponível no céu antes do crepúsculo náutico situado na constelação de Gêmeos quando seu brilho aumentou da 10ª para a 8ª magnitude, segundo observações visuais.
Em 27 de agosto ele ingressou na constelação de Câncer, transitando a parte centro-norte dessa constelação até 4 de setembro. Nesse interim, seu brilho aumentou da 8ª para a 6ª magnitude e já dificultou sua observação nas regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil. Observadores situados na parte norte das regiões norte e nordeste do Brasil ainda podiam acompanhar o cometa antes do Sol nascer durante a primeira semana de setembro quando o cometa transitou a parte ocidental da constelação de Leão enquanto seu brilho passou da 6ª para a 5ª magnitude.
Em 12 de setembro de 2023 ele passou mais próximo da Terra numa distância de 0,84 ua (~125 milhões de km). Nessa ocasião ele se situou próximo da estrela delta Leonis, numa elongação de 15 graus do Sol, de modo que só esteve disponível no céu durante o dia.
Em 17 de setembro de 2023 o cometa passou pelo periélio numa distância de apenas 0,22 ua do Sol (~33 milhões de km). Nessa ocasião sua elongação foi de apenas 12 graus em relação ao Sol, situado na constelação de Virgem. Mesmo os observadores do norte e nordeste do Brasil podiam tentar detectá-lo imediatamente após o pôr-do-sol, porém o astro esteve mergulhado nas luzes do crepúsculo vespertino e possivelmente brilhando em magnitude +2,5 (segundo CBET).
Durante a terceira semana de setembro o cometa aumentou sua elongação em relação ao Sol, porém seu brilho diminui rapidamente.
Tentativas de observá-lo imediatamente após o pôr-do-sol podem ser feitas nas seguintes datas:

data
mag. (MPC)
mag. (Yoshida)
elongação
próximo a
20 set
4,1
3,1
14,0°
gamma Virginis
21 set
4,5
3,5
14,1°
Marte e gamma Virginis
22 set
4,9
3,9
14,2°
Marte e gamma Virginis
23 set
5,3
4,3
14,2°
Marte
24 set
5,7
4,7
14,2°
Marte e psi Virginis
25 set
6,0
5,0
14,1°
psi Virginis

Em 20 de setembro José Aguiar avaliou o brilho do cometa em magnitude 3,8.

Veja demais registros feitos no Brasil.

As curvas abaixo foram obtidas por meio das fórmulas

m1 =   9 + 5 log D + 10 log r (Yoshida)
m1 =  10 + 5 log D + 10 log r (MPC)

©2007 Yoshida - soft OComet for Win


Órbita: o diagrama abaixo mostra a órbita e as posições do cometa e da Terra na época do periélio. (©2002 JCRuig - soft Orbitas)

Como reportar suas observações!

    As observações deverão ser preenchidas na seguinte ordem:

    Nome do cometa
    Data e hora TU
    magnitude da coma (m1)
    método usado na estimativa
    carta celeste usada (ou fonte de magnitudes)
    caracteristicas do instrumento, aumento
    diâmetro da coma (em minutos de arco)
    grau de condensação da coma
    tamanho da cauda (em graus)
    Angulo de posição da cauda
 
    Observadores que desejarem enviar no formato ICQ poderão assim o fazer.
    As observações devem ser enviadas para costeira1@yahoo.com

    As informações desta página, salvo outra indicação, são ©2023 Costeira1 (Cometas/REA e Cometas/UBA)

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