C/2020 F8 SWAN
Elementos orbitais
MPEC 2020-H235
Época
Periélio

Distância do periélio (q)

Excentricidade        (e)

Longitude do periélio (w)

Longitude do Nodo Asc (W)

Inclinação            (i)
2020 Mai. 31,0
2020 Mai. 
27,5314
0,430372 ua
1,000863

 68,1609°
2
60,0386°
110,8053°
Atualizado em 25 mai 2020

Como anunciado na MPEC 2020-G94, esse cometa foi detectado em imagens do instrumento SWAN (Solar Wind Anisotropies), à bordo da sonda SOHO, por Michael Matiazzo em 25 de março de 2020. A partir de 9 de abril o astro já era registrado por observadores na superfície terrestre cujo brilho foi medido entre as magnitudes 9 e 11. Em meados de abril o cometa se encontra em declinações austrais, sendo, portanto, favorável à observação no hemisfério sul ao amanhecer. A MPEC 2020-H67 atualizou os elementos orbitais e indicou uma excentricidade ligeiramente superior a 1, o que significaria uma órbita hiperbólica. No entanto, como são elementos osculatórios, há de se aguardar se esse valor se manterá acima de 1.
No domingo, 12 de abril, esse cometa foi visível ao amanhecer no limite das constelações de Grou, Peixe Austral e Escultor, cerca de 7,5 graus ao sul da estrela Fomalhaut. Alexandre Amorim observou o cometa às 08:20 TU do dia 12 de abril e estimou o brilho total da coma em magnitude 8,1 por meio de um refrator de 90mm f/10 apesar da interferência do luar. Na mesma data Luiz Araújo (Pelotas/RS) obteve uma imagem do cometa e José Guilherme Aguiar (Campinas/SP) observou visualmente o cometa e estimou nas magnitudes 7,9 e 8,1 usando binóculos de grande abertura. Nos dias 12 e 13 de abril o cometa se situou cerca de 0,8 graus ao sul da galáxia IC 1459 (10ª magnitude). Na madrugada do dia 13 de abril no cometa foi discernido por meio de binóculos e avaliado na 8ª magnitude. Durante a terceira semana de abril a Lua interfere na visibilidade do cometa, cenário que deve melhorar a partir do dia 18 com a proximidade da Lua Nova.
Em 16 de abril ele ingressou na constelação de Escultor, mantendo sua visibilidade matutina. Em 19 de abril o cometa se situou 0,7° à oeste da estrela gamma Sculptoris (magnitude 4,4).
Entre 26 e 30 de abril ele atravessou a parte sudeste da constelação de Aquário e seu brilho foi estimado entre a 5ª e 6ª magnitude. Devido ao valor da condensação central (acima de 6), alguns observadores conseguiram discernir o cometa no limite da visibilidade à olho nu em céus escuros.
Em 1º de maio ele ingressou na constelação de Baleia e, no dia seguinte, 2 de maio, seu brilho foi avaliado na 5ª magnitude, sendo discernido a olho nu por A. Amorim. No início de maio seu brilho parou de aumentar, mantendo-se em torno de magnitude 5,5 (veja curva de luz abaixo). Na segunda quinzena de maio surgiram evidências de fragmentação do seu núcleo. Nos dias 4 e 5 de maio ele esteve em conjunção com a estrela iota Ceti (magnitude 3,5).
Entre os dias 9 e 14 de maio ele atravessou a constelação de Peixes e se tornou cada vez mais difícil observá-lo em virtude das luzes do crepúsculo matutino. Embora o brilho máximo previsto inicialmente fosse entre a 3ª e 4ª magnitude, recomendava-se observá-lo por meio de binóculos e dispor de um horizonte leste completamente livre de obstáculos. Em 12 de maio ele passou mais próximo da Terra, numa distância de 0,55 ua (83 milhões de km). A partir do dia 14 de maio o cometa deixou de ser visível no hemisfério sul. Seu periélio ocorre em 27 de maio quando passa 0,43 ua (64,3 milhões de km) do Sol.

No Brasil, 8 observadores enviaram 151 registros visuais. Confira as observações feitas no Brasil

Assista à transmissão on-line feita por Cristóvão Jacques (SONEAR, AstroNeos)

As curvas abaixo foram obtidas por meio das fórmulas

m1 = 7,4 + 5 log D + 10 log r (nossas observações)

m1 = 10 + 5 log D + 10 log r (MPC)

©2007 Yoshida - soft Comet fo Win


Órbita: o diagrama abaixo mostra a órbita e as posições do cometa e da Terra na data do periélio. (©2002 JCRuig - soft Orbitas)

Como reportar suas observações!

    As observações deverão ser preenchidas na seguinte ordem:

    Nome do cometa
    Data e hora TU
    magnitude da coma (m1)
    método usado na estimativa
    carta celeste usada (ou fonte de magnitudes)
    caracteristicas do instrumento, aumento
    diâmetro da coma (em minutos de arco)
    grau de condensação da coma
    tamanho da cauda (em graus)
    Angulo de posição da cauda
 
    Observadores que desejarem enviar no formato ICQ poderão assim o fazer.
    As observações devem ser enviadas para costeira1@yahoo.com

    As informações desta página, salvo outra indicação, são ©2020 Costeira1 (Cometas/REA e Cometas/UBA)

                                   (volta)